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Há alguns anos eu conheci uma mulher em um chat da Internet. Ela era bonita, entusiasmada e cheia de qualidades que me deixaram animado com as possibilidades. Tratei de garantir um encontro no dia seguinte e me certificar que eu tinha razão. Era véspera de Natal, marcamos um café no meio da tarde. Quando a vi pessoalmente, entrando naquela padaria, toda sorridente, me apaixonei. Foi “amor à primeira vista”!

Como a atração foi mútua, combinamos um encontro à noite, e como tudo deu certo, passamos a nos ver todos os dias. Namoramos por um tempo e nos separamos. Já faz uns anos que não nos falamos mais.

Todo ser humano vive na busca pelo prazer, tão somente isso. Lembre-se da sensação de quando você obtém prazer com o que faz. Qualquer situação que cause prazer traz esta sensação, e com relacionamentos é a mesma coisa. Quando tive prazer na companhia dessa ex-namorada, esqueci de observar algo tão básico: Esqueci de conhecê-la.

Você deve ter percebido que as pessoas que repetem ciclos, que se apaixonam por pessoas que fazem mal a elas e não gastam muito tempo conhecendo um ao outro. Não estou falando de um dossiê da vida, mas saber coisas como propósito, valores e crenças. Como somos orientados ao prazer, buscamos festas, cinema, sexo e conversas superficiais. Então eu te pergunto: Como você ia saber que daria errado se não parou para saber quem era o outro?

Esse tempo mágico do começo poderia ser investido nesses compromissos excelentes, mas também em saber o que o outro pensa do mundo, da vida. Depois que você se apaixonou vai ter dificuldade em romper a dependência emocional, mesmo sofrendo com as diferenças. As diferenças é que tornam a pessoa chata, insuportável.

Mas no fim, mesmo conhecendo o outro, você vai perceber que existem diferenças, afinal por mais que gostemos de muitas coisas iguais, recebemos conhecimentos diferentes, criamos uma cultura mixada de nossos pais com a nossa. Somos indivíduos diferentes mesmo de quem mais amamos, e no fim somos todos chatos. O que une pessoas iguais ou diferentes é a capacidade de amar o outro mesmo com tantas chatices.

Quero que pense nisso, em conhecer as pessoas antes de entregar seus sonhos a ela, antes de pensar no nome dos netos. Diminua o risco de conviver pelo resto da vida com uma pessoa que você não suporta a voz. Pelo contrário, ao conhecer quem está a seu lado tem a chance de saber o que pode vir a enfrentar, mas principalmente o que fará com que continue ao lado dessa pessoa.

Quero que pense também que o que mantém uma relação é a sua capacidade de gostar do que o outro tem de bom. Então se você deseja ter um relacionamento que dure, que tenha paz e alegria, permita-se conhecer o outro e ao outro conhecer você. Dê-se a chance de perceber o que há de bom em um relacionamento, apesar de alguns instantes de chatice.

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