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Eu me lembro que quando era adolescente, no final dos anos 80, os equipamentos eletrônicos da família, era eu quem montava. Havia aquelas vitrolas que tinham rádio e tocavam fita K7, eu desmontava e montava, trocava de lugar. Isso acontece na maioria das famílias ainda hoje, os filhos ensinam os pais a usar o celular.

Agora, imagine esse cenário no ambiente de trabalho. Na primeira entrevista de emprego, eu fui com calça de pegar siri, sabe aquela que a barra fica na canela? Cabelo cumprido e brinco.

Tive a sorte que meu currículo estava dentro do que a empresa pedia, mas meu comportamento não. Então o gerente, que estava fazendo a seleção, me passou a orientação sobre como me vestir e me portar na empresa e eu aceitei o desafio.

Desde sempre todos querem deixar uma marca pessoal, serem lembrados por seus feitos, quebrando paradigmas, causando conflito de gerações, seja pela mudança do visual, seja pela mudança do comportamento.

Hoje temos uma moçadinha nascida depois de 1990 que representa a bola da vez, é a nova safra de pessoas no mercado de trabalho. E qual a novidade?

Primeiro que nunca se falou tanto no nome de uma geração: Geração Y, os milleniuns, mas logo os centennials pegam esse posto.

Foram crianças que a tecnologia esteve muito presente no seu dia a dia e a informação mais disponível do que qualquer outro momento da história.

Aparelho de som? Nada disso. São jovens que usam smartphones, transitam por aí com seus fones de ouvido. Não sabem o que é vinil e se sabiam esqueceram, porque o mp3 está na internet desde sempre.

Hoje, além dos brincos e calças de pegar siri, tem alargadores de orelha, a disseminação de piercings e tatuagens em todas as tribos de todos os níveis sociais e outras modificações do corpo.

Além disso, se nos anos 1990 a ideia de se aposentar na empresa, ficar 20 ou 30 anos no mesmo emprego caia por terra, essa geração além de não querer isso, ainda inverte o valor do emprego.

O emprego precisa ser interessante para o empregado, desafiador e quando deixa de ser interessante ele muda de emprego, tornando o desafio da empresa de reter talentos não apenas para grandes líderes ou criativos, mas para cargos que antes ninguém imaginava que pudessem ter esse nível de problema.

Essa mudança de atitude é o desafio de hoje e pelos próximos anos para as gerações anteriores. O que parece ser uma grande novidade que vem recheada de preconceitos é algo muito antigo. Conflito de gerações sempre aconteceu e sempre vai acontecer.

O medo do novo, a concorrência com quem acaba de chegar, a maneira diferente de agir, estranho ao que já está estabelecido.

Em uma palestra sobre networking, me perguntaram se era certo usar bermuda. A verdade é que não há certo ou errado e respondi que dependendo da empresa, a bermuda é pré requisito. Imagine-se entrando em uma loja de surfwear e ver um atendente de terno e gravata, não combina.

O verdadeiro desafio está em gerenciar estes conflitos, quebrar a crença de que o novo é ruim e ainda trazer esta geração, a geração Y, para o ambiente de trabalho, aberta a entender que há regras no jogo.

Sim, cada empresa possui seu conjunto de valores, regras, maneira de se portar e o momento certo de quebrar as regras, quando e se for o caso.

Quer saber? Deixa para usar bermuda quando combinar com o seu momento e o seu trabalho.

Pense nisso. Boa semana!

4 Responses

  1. A minha geração ainda e conservadora , mantém os valores e crenças que tem que te regras .
    Mas tudo isso e passageiro , o novo profissional não está ali só pelo financeiro , e como se ele recebesse um chamado , como se ele tivesse nascido pra executar aquela missão. A vestimenta influência , mas hoje ela vem com um toque mais leve transmitindo a imagem mais humana do profissional que a veste.

  2. Por mais que se quisesse estacionar no tempo, não é possível. Ou você acompanha as mudanças, enfrenta desafios, ou é deixado para trás. É apagado. Por quê vai sempre ter aquele que sai da zona de conforto, que quer conhecer mais, avançar, criar, e conquistar o novo.

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