Não gosto de usar palavras negativas, como “rejeitar” e até “abandonar”, mas alguns presentes que recebemos durante a vida precisamos deixar de lado. Quase que um esquecimento, como quem deixa guarda-chuva no banco do ônibus.
Durante nossa infância e adolescência, recebemos todo o preparo que levamos para nossa vida. A priori, podemos dizer que nosso comportamento é quase um espelho do que nossos pais nos passaram neste período. Isso se mostra verdade quando percebemos que repetimos este relacionamento ( pai/mãe e filho ) em outras relações, sejam amorosas ou profissionais.
Todos os nossos medos, angústias e limitações tem origem na infância e adolescência. Durante a vida apenas vamos colaborando para que estas limitações tenham êxito e criando subterfúgios e defesas que camuflam ainda mais a sua origem.
Para que fique claro, imagine uma galinha que chocou um pato. Ela vai ensinar todo o procedimento que as galinhas conhecem. Comer milho, lixo, ciscar o terreiro e digo a você: Este pato jamais irá voar e será uma galinha infeliz. Infeliz por que ele não cacareja, não vai achar uma galinha ou galo para se relacionar. Sua habilidade de voar jamais vai se desenvolver. Nossa sorte é que somos seres capazes de aprender com nossas experiências.
Entenda que eu não estou querendo dizer que os pais foram julgados e considerados culpados e agora estão condenados. Foram vítimas de pais tão despreparados quanto eles mesmos. Estamos aqui só traçando um caminho para a origem de alguns comportamentos que causam autossabotagem.
Muita gente ainda vive para agradar aos pais, aos outros e esquece de si. Uma servidão, um cuidado com o outro que pode beirar à escravidão e deixam de ter identidade própria, vivem em submissão. Quando abrimos mão de nossos sonhos em favor da família, normalmente abandonamos os sonhos pessoais.
Doutra forma há quem viva em conflito. Ouve-se muito que são iguais aos pais e você percebe a semelhança nas atitudes. Seja por conflito ou por submissão é uma relação doente dentro de si, esta falta de equilíbrio causa tristeza, ansiedade, etc…
Até um dado momento da vida e isso vai depender de cada indivíduo, não temos maturidade para entender e filtrar o que os pais dizem. Algumas mensagens tornaram pessoas medianas, por exemplo. Se você tirava 10 em ed. física, seu pai queria que você tivesse 10 em matemática sem ao menos saber que sua vocação era para o esporte. Quem sabe?
Então pagavam um professor particular de matemática e deixava-se de lado a habilidade com esporte sem atenção. Lembrou do pato?
Agora é seguir em frente e deixar com as galinhas as habilidades de galinha e desenvolver suas habilidades de pato. Deixe de pensar que o chão é seu limite e vá aprende a voar.
Identifique tudo que você deveria fazer e se pergunte por que faz. Comece a entender o que você faz para seu crescimento e seu prazer e de que maneira isso vai impactar positivamente o seu mundo.
Se você protela, mata ou não possui sonhos, deve repensar por que não está sonhando. Os sonhos factíveis (que podem ser alcançados) só dependem de você, de mais ninguém.
Perdoe o passado, e resolva que você merece o melhor, sempre!
E lembre-se: O limite é você quem faz!
A herança de como fomos tratados acaba se escondendo por trás de como agimos no dia a dia, o que passa a ser automático e de difícil identificação….
Bem observado. O desafio é identificar e ressignificar isso.
Ótimo!
Verdade!!!
Estamos vivendo um divisor de águas , o antes com os educamentos de nossos pais e hoje como educamos e preparando nossos filhos. Hoje se torna um pouco difícil deixar de viver todo ensinamento passado lá trás , mas com ajuda da internet e dos meios de comunicações usadas como ferramentas estamos mudando toda a concepção que aprendemos lá atrás. Nossos filhos hoje tem um facilidade incrível de aprendizagem e absorção.
Certo Mauricio hoje nossos filhos sabem tudo.
Que sejam felizes para sempre é o que desejamos.
Um bom dia
Então, por muito tempo repeti a forma como fui criada, mesmo fazendo diferente, mais tolerante, por vezes fiz exatamente o que meus amados pais fizeram. Hoje entendo que fizeram o melhor que podiam para a época e sou grata pelo amor e a vida que me deram. Para isto tive que errar, olhar para isto e evoluir.